AMOR EM TEMPOS DE INTERNET
(A propósito do “Dia dos Namorados”)
Maria Conceição Alves de Lima
Antigamente os amantes diziam: “Vamos para a cama…”. Hoje eles convidam: “Vamos para a cam (webcam)…”. É que, neste terceiro milênio digital e globalizado, o amor está literalmente “no ar”, ou seja, nas redes virtuais de relacionamento amoroso. E como o(a) “predileto(a)” poderá estar em qualquer lugar do mundo - menos, é claro, ao lado do(a) amado(a) - o jeito é trocar a cama pela cam. Pelo visto, sem muitos (ou até nenhum problema)…
Os menos plugados perguntam embasbacados: “Como? Que negócio é esse de fazer amor (sexo) pela Internet? É brincadeira!”. E os cibernautas do amor também estranham: “Você nunca experimentou?”. E não é que tem muita gente tentando mesmo?! Em apenas um dos sites, no horário de pico (por volta das 22 ou 23 horas), a média de acessos chega perto de dez mil pessoas por dia (isto é, por noite).