

Atualmente, discute-se diferenças e semelhanças entre o texto convencional impresso e o hipertexto virtual.
Para Gomes1: A noção básica de texto não se altera com o advento do hipertexto, mas há uma noção fundamental na nossa noção de textualidade. Assim se definirmos hipertexto como o local e resultado da interação ativa, verbal ou não, entre interlocutores enquanto sujeitos ativos que – dialogicamente – se constroem e são construídos, podemos acrescentar a presença de links e uma existência exclusivamente eletrônica do hipertexto, como fatores diferenciadores do texto tradicional.


O hipertexto possibilita uma maior autonomia do leitor no processo de leitura. Vale dizer, então, que mesmo que as notas de rodapé funcionem como links para alguns autores, não podemos compará-los aos links disponibilizados no suporte virtual, visto que o leitor do livro precisa, muitas vezes, interromper sua leitura para consultar outras fontes ali citadas, já o leitor virtual usufrui de muitas informações úteis com apenas o mais sutil click de um mouse.
O processo de leitura exige outras competências e habilidades dos leitores, assim também, a escrita hipertextual se apresenta como uma atividade que requer do autor habilidades distintas.
Partindo das questões apresentadas neste item, busca-se construir aqui um modelo para analisar algumas estratégias envolvidas no processo de retextualização do texto impresso ao texto digital.