Introdução
Esta página trata-se de um trabalho cooperativo, fundamentado nos princípios da Web 2.0, ao qual expõe as inúmeras possibilidades de se trabalhar nessa nova plataforma.
Também discorremos sobre o que vem a ser a Web 2.0, suas características, funções, em o que esta difere da Web anterior, a 1.0, e como é vista pelo usuários da internet, também abordamos a questão do uso e a coloboração que os recursos tecnológicos tem para o ensino, tendo como foco principal o uso do computador, e como os professores tem encarado este novo desafio. Por fim, discutimos o uso deste novo leque de oportunidades para o ensino, apontando algumas possibilidades de uso associado com a sala de aula, até mesmo como estímulo para o aluno, com a finalidade de torná-lo mais crítico, independente do professor, com a visão de interatividade, colaboração e informação dadas em conhecimento.
Palavras-chave: web 2.0, tecnologias de ensino, língua inglesa.

WEB 2.0
Falando de Web 2.0 como ferramenta de aprendizagem na educação, esta chega até nós como quebra de regras. O conceito da web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly em 2004, o qual diz que web 2.0 é:
"a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma”. A concepção desta nova Web, ocorreu de um processo natural, visto que, a medida em que a sociedade evoluiu para um mundo cada vez mais globalizado, o mundo a seu redor também tem que evoluir, para se adaptar às novas necessidades resultantes deste processo contínuo. Antigamente a rede de internet funcionava como fonte de dados e prestadora de serviço, utilizada apenas como fonte de pesquisas, operações financeiras, entre outras modalidades. Com o advento das novas tecnologias, ocorreu uma mudança drástica tanto do ponto de vista tecnológico, como do ponto de vista social. No aspecto tecnológico, podemos destacar o surgimento de softwares gratuitos, que podem ser acessados livremente, assim como, os conteúdos em si, por ela trabalhado como: sons, imagens, vídeos, textos, entre outros tipos de arquivos. Já no que confere ao lado social, podemos destacar, seu caráter colaborativo, em que se pode intervir em seus conteúdos, o uso de sites como fonte de relacionamento, estudo em salas virtuais, edição de textos e hipertextos coletivos wiki etc. A regra fundamental da web 2.0 é o aproveitamento da inteligência coletiva.
O uso da interatividade também é uma característica da inteligência coletiva, das comunidades virtuais, dos fóruns, dos weblogs e wikis para construir e disseminar os saberes globais, baseados no acesso à informação democratizada e sua constante atualização. Assim, as produções intelectuais não seriam apenas exclusivas de uma pessoa, país ou classe social isolada, mas sim de todos aqueles que tem acesso à internet, e partilham do mesmo interesse.
Segundo a folha de São Paulo do dia 10/06/2006 o termo web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web (tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaborações dos internautas com sites e serviços virtuais). A ideia é que o ambiente /online/ se torne mais dinâmico e que seus usuários colaborem para a organização dos conteúdos. Muitos consideram toda a divulgação em torno da Web 2.0 um golpe de marketing. Mas dependente do pensamento de muitos, a Web 2.0 vem crescendo cada dia mais e adquirindo um número incrível de adeptos, visto que, não se trata literalmente de marketing, mas sim de uma evolução a que tudo e todos estão sujeitos, além de que, esta nova web nos disponibiliza novas ferramentas que estão mudando a "cara" da internet, fazendo com que ela se torne muito mais que uma ferramenta de trabalho e estudo, mas também de lazer, entretenimento, relacionamentos.

O USO DA TECNOLOGIA E O ENSINO DE LÍNGUAS
O estudo de línguas também deve estar na vanguarda no que se refere à utilização dos recursos provenientes da tecnologia. O uso regular de músicas, diálogos gravados, filmes tematizados, especialmente para o ensino de expressões e vocabulário, trabalho com softwares e CD - Rooms próprios para o estudo de línguas e até mesmo o acesso à Internet são aliados de indiscutível valor para o aperfeiçoamento dos conhecimentos em um idioma estrangeiro.
É claro que toda essas ferramentas tecnológicas devem ou ao menos deveriam constar no planejamento dos professores, de forma detalhada quanto à sua utilização. Em que momento seriam usadas, de que forma, para quais conteúdos específicos, em grupos ou individualmente, de acordo com as possibilidades da escola.
Quando Kelly (1969) bem no finalzinho da década de 60, afirmou que "As máquinas dominam as comunicações no mundo moderno. O ambiente linguístico tem sido recriado artificialmente e o professor e o livro têm sido forçados a se integrarem a esses novos meios de transmissão", ele já estava prevendo algo que aconteceria de maneira inevitável. Sempre que algo novo aparece no mercado tecnológico a primeira atitude é a da rejeição e da desconfiança, visto que o novo sempre assusta, e de certa forma, no obriga a adaptação, que muitas vezes não e fácil para muitos que a anos seguem a mesma prática pedagógica, mas inevitalvemente aos poucos a tecnologia passa a fazer parte das atividades sociais em qualquer parte do mundo, e as escolas como formadoras de cidadãos devem incorporá-la em suas práticas pedagógicas, que embora não seja é um processo tão fácil tanto por motivos financeriros, como por resistência dos professores, mas aos poucos, em passos lentos, a escola vai se adaptando em relação a máquina e o ensino - aprendizagem. As formas de aprendizado estão mudando de acordo com essas evoluções, e os que fazem parte dessa organização do ensino estão obrigatoriamene incumbidos de acompanhar e participar dessa mudança.
Estamos cientes de que os educadores são os principais afetados com esse desenvolvimento, e que a partir disso, devem estar preparados para enfrentar esse papel de mediador e facilitador, por isso a formação continuada deve ser do mesmo porte quanto a atualização dos equipamentos tecnológicos, além do mais os professores devem aproveitar este novo recurso e todos os outros recursos que esta inovação possa oferecer, para desta forma, tornar o ambiente de aprendizagem em um ambiente transformador, buscando novos caminhos de resolução de problemas e rompendo desta forma, os paradigmas ainda não superados.
Nos últimos anos, quando se fala de inovações tecnológicas, pode se dizer que, já não existe mais aquele grande lapso de tempo entre uma inovação e outra, estas mudanças se tornaram quase que instantâneas, com mudanças a todo momento, enquanto que a educação ainda anda na contramão dos acontecimentos, pois de um lado, ainda temos professores que resistem a estas mudanças, muitas vezes por não saberem lidar com o novo, ou por se intimidarem com o que seus alunos já sabem, e desta forma talvez possam não atenderem as espectativas e dúvidas que venham a surgir.
Conforme diz Pozo (2001, p. 30):
A informatização do conhecimento tornou muito mais acessíveis todos os saberes ao tornar mais horizontais e menos seletivos a produção e o acesso ao conhecimento. Hoje, qualquer pessoa informaticamente alfabetizada pode criar sua própria página na web e divulgar suas ideias ou acessar as de outros, visto que não é preciso ter uma editora para publicá-los.
Por isso, quando se fala em ensino voltado para o uso de novas tecnologias, é importante lembrar de ponto que deve ser trabalhado, tanto no professor, como no aluno, pois o uso destas inovações para o ensino, principalmente em se falando do uso da internet, implica em mudanças dos papéis de ambas as partes. Por um lado, o aluno já não mais terá o professor ao seu lado para cobrá-lo a todo o momento, fazendo desta forma que maximizem o conteúdo já acabado, pois com esta nova era educacional é necessário estimularmos nossos alunos a serem mais independentes; fazendo com que eles não se limitem apenas ao que o professor passa, pois na verdade, este não é o dono de todo saber, e muito menos, é o detentor da verdade ou do conhecimento acabado. Portanto, a educação já não pode ficar neste círculo vicioso, dando voltas no mesmo lugar, mas sim se mover em um círculo virtuoso, que enquanto gira, evolui. Para que isso aconteça, o professor deve assumir o papel de mediador e incentivar seus alunos a desenvolverem atitudes autônomas, a traçarem suas próprias metas e buscar novos horizontes independentes do contexto da escola. Não que isto remeta este aluno a um desligamento com a instituição de ensino, pelo contrário, um aluno que não depende unicamente do professor, que tem a liberdade para agir e até mesmo para intervir de modo positivo nas aulas, com sugestões, pontos interessantes relativos ao conteúdo, assim como, com noções manuseio do computador, desta forma ele tem um aproveitamento maior quando se busca e cria, ao invés de copiar e repetir.
Entende-se que, no que confere ao uso de tecnologias na sala de aula, principalmente quando se trata do computador, tanto o aluno, como o professor terão que mudar de comportamento. O professor terá que assumir o papel de moderador/facilitador do conhecimento, é claro que "nada subistitui um bom professor que sabe muito e consegue dividir seu conhecimento numa relação respeitosa e construtiva com seus alunos, porém nem todo professor está preparado para assumir esse novo salto tecnológico. Segundo Heide e Stilborne (2000, p. 24) muitas são as razões para que o professor haja dessa maneira:
[…] não saber como utilizar adequadamente a tecnologia nas escolas, não saber como avaliar as novas formas de aprendizagem provenientes desse uso, não saber como usar a tecnologia e, algumas vezes por falta de apoio dos colegas em que a criatividade e a interação sejam as principais características.
O uso de maneira correta da tecnologia no ambiente escolar necessita de muito cuidado e atenção por parte do professor em relação ao que vai ser usado e reconhecer o que realmente será útil para facilitar a aprendizagem de seus alunos, afim de que os mesmos possam tornar-se pessoas críticas, cooperativas e criativas. Questões como, estas relacionadas ao emprego de novas tecnologias no ensino, mais precisamente o uso do computador, a muito tempo já vêm sendo debatidas por ilustres educadores-escritores, comos podemos ver neste trecho de video, no qual Paulo Freire e Seymour Papert discutem esta questão.
Essa nova maneira de ensinar através das novas tecnolgias deve se tornar em uma nova forma de desenvolver habilidades e competências; e que esta possa ser útil ao aluno em qualquer situação de sua vida. Para Perrenoud (2000):
Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso - crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação. (p 128).
O comportamento do aluno frente a esta nova realidade é determinado na maioria dos casos, de acordo com a postura que o professor adota, tanto dentro, como fora da sala de aula. Este precisa entender que diante destas novas perspectivas educacionais, aliadas ao uso da Web, a escola já não comporta mais o conhecimento em uma única mão (o professor como único detentor da sabedoria), ele tem que "deixar de ser a autoridade máxima, tanto em termos de controle com em termos de conhecimento. Seu papel é realmente o de facilitador da aprendizagem, ajudando o aluno a desenvolver sua autoconfiança, a se tornar ainda mais autônomo e ficar menos dependente dele, professor (LEFFA, 2002). "O computador em sala de aula é um simples instrumento que pode ser potencializado por um bom professor". (MERCADO apud BONNIS, 2000, p. 39)
Ao incluir a internet em suas práticas pedagógicas, a escola está em consonância com a evolução dos métodos de ensino e com a cibercultura, que possibilita uma mudança na forma de transmissão da informação. É importante ressaltar que, é através do uso dos inúmeros recursos tecnológicos que as antigas limitações são solucionadas, e desta forma, torna-se possível estabelecer outros mecanismos para troca de informação, interação e colaboração entre os envolvidos no processo ensino aprendizagem. Alunos e professores (em especial) adotam as mídias objetivando dinamizar este processo, enriquecendo principalmente o conhecimento produzido durante o mesmo.
Um outro ponto importante de se lembrar é que a adoção das novas tecnologias (mídias) está associada a um requisito que diz respeito à compreensão da lnguagem adotada por estes recursos, pelos alunos e professores, e é através da compreensão desta linguagem que a utilização da tecnologia favorecerá a realização de experiências criativas e inovadoras.
Partindo desta compreensão, é importante ter em mente, que para os professores poderem aproveitar a internet com suas turmas, necessita-se que os mesmos, conheçam seus alunos, pois desta forma, pode traçar os objetivos que devem ser seguidos, até mesmo a forma, e o conteúdo a ser abordado, assim como, conhecer o nível em que os alunos se encontram, e suas necessidades.
USANDO AS TECNOLOGIAS NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA
Quando se trabalha em conformidade com o que os alunos gostam, há uma maior probabilidade de se ter sucesso, pois eles se interessarão pelo que estão fazendo, por fazer parte de sua realidade.
Por isso, percebe-se que um valioso elo para garantir essa interação e integração entre o aluno, professor e a mídia, está nas atividades propostas pelo professor. Desta forma, através destas atividades é possível estimular o uso das informações espalhadas em diferentes locais do ambiente de aprendizagem, isto, motiva o trabalho colaborativo, e consequentemente resulta em uma profunda interação e compartilhamento de conhecimento entre eles.
Nesse ambiente tecnológico, é possível para o professor de Língua Inglesa interagir de diversas formas em suas aulas. Dentro da Web 2.0 ele tem à sua disposição uma imensidão de aparatos que lhe garantem um excelente desenvolvimento de sua disciplina e de uma forma que todos os alunos possam interagir e se sentir mais motivados a aprender a nova língua, pois esses meios de comunicação operam imediatamente com o sensível, o concreto e principalmente, com a imagem em movimento.
O uso da internet nas aulas de Língua lnglesa oferece recursos que podem ser utilizados nas diversas situações de aprendizagem. Alguns recursos são bastante utilizados e muito conhecidos, como exemplo sites de busca, que podem facilitar e incentivar o aluno na pesquisa para obtenção de informações e dados. Um outro recurso bastante utilizado nas salas de aula e em especial nas aulas de Língua Inglesa são as ferramentas de comunicação favorecem o intercâmbio de pessoas em diferentes lugares, idades e profissões, e essa troca de ideias com pessoas em diferentes contextos pode ampliar a visão do aluno no sentido de oferecer novas referências para sua reflexão. Dentre esse grande número de possibilidades de ferramentas para a comunicação dos alunos com outros alunos e até mesmo com o professor, podemos destacar:
- blogs voltados para o ensino de Língua Inglesa, onde o professor pode criar atividades lúdicas que estimule a busca pelo aprendizado;
- flogs;
- correio eletrônico, que podem ser usados para troca de informações, textos, imagens etc;
- orkut para interatividade entre aprendizes de diversos lugares do mundo;
- google para pesquisas;
- youtube, com o uso de vídeos e áudios;
- sites de ensino de Inglês;
- msn e uma infinidade de outros disponíveis.
O professor fará uso dessa ferramenta incorporando-a no seu dia a dia escolar. Um bom exemplo para isto, é uma aula com este vídeo retirado do youtube, no qual é possível visualizar a interação das crianças de maneira prazerosa com a aula apresentada a eles.
Na entrevista com José Manoel Moran sobre As múltiplas formas do aprender, podemos nos certificar que a visão em relação ao ensino aprendizagem através da tecnologia realmente está caminhando a passos largos. O que era apenas restrito as aulas de informática está tomando proporções gigantescas, o computador passa a ser um aliado no que diz respeito a ensinar de maneira "diferente"; esse é mais um recurso tanto para uso individual quanto coletivo em sala de aula.
O professor agora deverá estar muito bem preparado para enfrentar esta nova fase da vida educacional, caso nao haja preparo as aulas mesmos com toda tecnologia continuará na mesmice com alunos desmotivados e entediados, é preciso preparo em qualquer momento do ensino aprendizagem, pois os alunos inúmeras vezes estão bem mais preparados que os próprios professores, no que diz respeito ao universo informatizado.
Preste atenção no vídeo abaixo, onde nos mostra claramente como um professor deve proceder diante das novas tecnologias.
Desta forma,fica evidente que, as pesquisas em sites da internet, bibliotecas virtuais, onde este aluno poderá consultar livros e artigos e a criação de blogs educacionais são subsídios para enriquecimento das aulas de língua inglesa. Todos esses recursos vem para ajudar o professor na sua prática docente, e para isto é necessário que ele esteja atualizado no que diz respeito às novas tecnologias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base em tudo o que foi discutido à respeito do uso das novas tecnologias como auxiliares no ensino de língua inglesa, pode-se chegar a uma conclusão de que ela nos trouxe um ambiente de inovação para a escola, possibilitando a comunicação virtual, oferecendo-nos a possibilidade de ascender ao mundo das informações, estabelecer relações interpessoais colaborativas, e a chegar onde antes era impossivel. Essas características das novas tecnologias nos proporciona um espaço de grande renovação da escola, dos professores e dos aprendizes, permitindo que as tecnologias sejam vistas como novas comunidades de aprendizagem.
Para que esta renovação aconteça é necessário compreender a chegada do tempo dessas tecnologias e permitir que ela faça parte do campo organizacional, seja de funcionamento global da escola, seja na formulação e implementação do currículo, aspecto que não tem sido prática corrente no nosso país, mas que em certas instituições de ensino tem sido implementadas e com grande êxito.
REFERÊNCIAS
AMARAL, Ana Lúcia; SALGADO, Maria Umbelina Caiafa. Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as Tic. Brasília, 2008
MORAN, José Manuel. As múltiplas formas do aprender. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/positivo.pdf. Acesso em: 16 de maio de 2009 às 17:51.
PERRENOUD, Phillipe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 2000, cap. 8, p. 125-138.
POZO, J. I. Humana Mente: el mundo, la conciencia y la carne. Madrid: Morata, 2001.