Os avanços da WEB
WEB 2.0


O que é a Web 2.0? Primeiramente, este termo foi criado por Tim O'Reilly Media em 2004 e segundo O'Reilly (2005) a Web 2.0 "… é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas aproveitando a inteligência coletiva". Apesar de não haver um consenso sobre a definição do que seja a web 2.0, podemos compreendê-la como um avanço natural das tecnologias de rede, em que se trabalha com informações em níveis diferenciados através da interação, sem que se tenha uma referência clara de tempo ou lugar.
Este novo meio tem a vocação de colocar em sinergia e interfacear todos os dispositivos de criação de informação, de gravação, de comunicação e de simulação. A perspectiva da digitalização geral das informações provavelmente tornará o ciberespaço o principal canal de comunicação e suporte de memória da humanidade a partir do início do próximo século. (LÉVY, 1999, p.93-online).
A Web 2.0 é interativa, ou seja, permite que usuários compartilhem informações, mas com muita interatividade. A web deixou de ser apenas um suporte de Softwares locais e acabou se tornando uma rede de relacionamentos interpessoais, onde todos podem criar, opinar e questionar sobre tudo o que está na world wide web. Prova disso são os vários fórums sociais, rede de relacionamentos, blogs e fotoblogs, wikis, programas de vídeo e imagens, entre outros que possibilitam aos usuários uma participação muito maior na web.
Essa interação entre vários usuários tem sido denominada no meio virtual de Inteligência Coletiva1, pois, vários usuários produzem, editam e reeditam juntamente inúmeras coisas na web; os usuários também opinam e trazem dicas sobre os serviços prestados na web, o que leva os desenvolvedores dos serviços a melhorá-los constantemente.
A sociedade da Informação

A atual sociedade denominada de "Sociedade da Informação", cuja influência vem, principalmente, dos meios de comunicação, tem todos os seus processos educacionais e culturais atingidos por uma crise de significados diante das transformações que vêm ocorrendo na rede mundial de computadores. Todos os padrões e as competências exigidas no processo educacional, se veêm diante de uma eclosão de padrões diversificados utilizados por jovens e crianças ao redor do mundo, transcendendo o simples nível da escrita. Entre eles podemos destacar: textos, gráficos, sons ou imagens, arquivos de áudio ou vídeo. Essas inovações provocam mudanças nas relações sociais, na forma como percebemos o mundo a nossa volta e até mesmo a nossa relação com o conhecimento. O "espaço de lugares"2 é substituído pelo "espaço de fluxos"3
O virtual é uma nova modalidade de ser, cuja compreensão é facilitada se considerarmos o processo que leva a ele: a virtualização. “O real seria da ordem do ‘tenho’, enquanto o virtual seria a ordem do ‘terás’, ou da ilusão, o que permite geralmente o uso de uma ironia fácil para evocar as diversas formas de virtualização” (LÉVY, 1996, p. 15 online).
Com essa nova modalidade - o virtual - nossas relações com o tempo e espaço são amplamente modificadas. O indivíduo pode "solitariamente" (no aspecto físico) experimentar um novo tipo de sociabilidade que ultrapassa as fronteiras territoriais. No virtual, temos acesso a qualquer informação de qualquer parte do mundo, e mantemos relações sociais simultâneas, isso, porque "o “lugar virtual” está apoiado em quatro eixos primordiais, que são: o tempo-real, a desterritorialidade, imaterialidade e interatividade. "(online) As informações se modificam numa velocidade nunca vista antes e as tecnologias de informação, também. Isso implica numa constante atualização das tecnologias por parte dos indivíduos, de forma que se possa acompanhar as mudanças que ocorrem.
A Escola e as Tecnologias

Qual o papel da Educação nessa revolução cultural e digital?
A função principal da Escola é ter como produto a construção do conhecimento. Como instituição social, deve promover o acesso aos saberes e formas culturais da sociedade a que pertence. Desta forma, a tecnologia e particularmente a informática, não podem ser excluídas deste contexto, principalmente se levarmos em conta que a criança e o jovem da atualidade já são criados imersos neste mundo tecnológico. O mundo contemporâneo é sustentado pela tecnologia que está presente em todos os momentos de nossa vida, seja diretamente, seja na utilização e consumo de bens e serviços produzidos a partir desta tecnologia. (online)
Portanto, a Escola não pode ficar alienada a este processo tecnológico. As tecnologias devem ser utilizadas, principalmente, para potencializar a contrução de conhecimento, afim de que se crie condições apropriadas para o uso dessas tecnologias, formando cidadãos que não participem de uma realidade de "analfabetismo".4
Com o avanço para a Web 2.0, a Web Interativa, o processo de ensino-aprendizagem pode ser enriquecido de diversas formas. Não há mais lugar para a lousa e giz nesse mundo de tanta interatividade e tecnologia. Nossos alunos precisam saber lidar com o conhecimento veiculado às imagens, aos vídeos e às estruturas diferenciadas que são utilizadas devido à tecnologia, nesse sentido a internet é a grande ferramenta que possibilitará o estudo do conhecimento utilizando as mais diversas mídias e, possibilitará também que a escola crie um sistema de ensino nunca visto antes, que transcenderá todos os limites da escrita e da leitura, além de tornar o ensino mais interessante e mais atraente, haja vista que as crianças e jovens de hoje estão acostumados com uma realidade que a Escola ainda permanece distante.
Essa distância tem como um dos fatores a resistência dos professores e da própria escola pelo uso da Informática Educativa5:
O que mais se repara nesta questão de resistências é o medo. Ele existe com relação, principalmente à máquina, pois muitos não a dominam e acreditam que não são capazes disto. Vêem que desta forma o aluno irá saber mais do que ele (o professor) e logo ficará desmoralizado. Outra questão, é que muitos levam seus alunos para o laboratório e acabam fazendo as mesmas coisas que faziam em sala de aula, percebem que a aula fica chata e desinteressante e por isso acreditam que o computador não ajuda em nada. (online)
Para desmistificar esse medo é necessário que os professores sejam preparados para essas novas mudanças, para que eles possam saber lidar com as tecnologias e compreender que a internet é um grande portal de conhecimento quando bem usado. A web 2.0 dentro da Educação proporciona uma forma de ensino diferente - é claro - de trabalhar conteúdos, mas, com certeza, muito mais dinâmica e interativa. Não há como ministrar aulas utilizando as tecnologias da mesma forma como se ministra aulas em uma sala utilizando o quadro negro e giz. E esses avanços continuarão a acontecer, por isso é preciso que as tecnologias passem a fazer parte da Educação de forma consistente, e que os professores estejam preparados para essas mudanças. A web 2.0, assim como a web 1.0, será aperfeiçoada e chegará até nós, portanto, precisamos nos adequar a essa realidade, sem medos e frustrações, e devemos nos acostumar com o "aprender a aprender".
Confira um glossário da Web 2.0 elaborado pela Folha de S.Paulo.
AdSense: Um plano de publicidade do Google que ajuda criadores de sites, entre os quais blogs, a ganhar dinheiro com seu trabalho. Tornou-se a mais importante fonte de receita para as empresas Web 2.0. Ao lado dos resultados de busca, o Google oferece anúncios relevantes para o conteúdo de um site, gerando receita para o site a cada vez que o anúncio for clicado
Ajax: Um pacote amplo de tecnologias usado a fim de criar aplicativos interativos para a web. A Microsoft foi uma das primeiras empresas a explorar a tecnologia, mas a adoção da técnica pelo Google, para serviços como mapas on-line, mais recente e entusiástica, é que fez do Ajax (abreviação de "JavaScript e XML assíncrono") uma das ferramentas mais quentes entre os criadores de sites e serviços na web
Blogs: De baixo custo para publicação na web disponível para milhões de usuários, os blogs estão entre as primeiras ferramentas de Web 2.0 a serem usadas amplamente
Mash-ups: Serviços criados pela combinação de dois diferentes aplicativos para a internet. Por exemplo, misturar um site de mapas on-line com um serviço de anúncios de imóveis para apresentar um recurso unificado de localização de casas que estão à venda
RSS: Abreviação de "really simple syndication" [distribuição realmente simples], é uma maneira de distribuir informação por meio da internet que se tornou uma poderosa combinação de tecnologias "pull" -com as quais o usuário da web solicita as informações que deseja- e tecnologias "push"-com as quais informações são enviadas a um usuário automaticamente. O visitante de um site que funcione com RSS pode solicitar que as atualizações lhe sejam enviadas (processo conhecido como "assinando um feed"). O presidente do conselho da Microsoft, Bill Gates, classificou o sistema RSS como uma tecnologia essencial 18 meses atrás, e determinou que fosse incluída no software produzido por seu grupo
Tagging [rotulação]: Uma versão Web 2.0 das listas de sites preferidos, oferecendo aos usuários uma maneira de vincular palavras-chaves a palavras ou imagens que consideram interessantes na internet, ajudando a categorizá-las e a facilitar sua obtenção por outros usuários. O efeito colaborativo de muitos milhares de usuários é um dos pontos centrais de sites como o del.icio.us e o flickr.com. O uso on-line de tagging é classificado também como "folksonomy", já que cria uma distribuição classificada, ou taxonomia, de conteúdo na web, reforçando sua utilidade
Wikis: Páginas comunitárias na internet que podem ser alteradas por todos os usuários que têm direitos de acesso. Usadas na internet pública, essas páginas comunitárias geraram fenômenos como a Wikipedia, que é uma enciclopédia on-line escrita por leitores. Usadas em empresas, as wikis estão se tornando uma maneira fácil de trocar idéias para um grupo de trabalhadores envolvido em um projeto.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u20173.shtml
O Futuro - Web 3.0

Segundo Valente e Mattar (2007), a Web 3.0 incorporaria recursos de inteligência artificial, fazendo que as ferramentas sejam ainda mais inteligentes facilitando a organização e a busca de informações na rede.
Devido aos inúmeros avanços que ocorrem rapidamente, devemos nos capacitar para podermos lidar com essas tecnologias em sala de aula, mas de uma forma consciente e crítica para que não tornemos os alunos alienados e para que as tecnologias não sejam utilizadas de forma inadequada. Hoje, um dos maiores problemas que enfrentamos é falta de preparo e conhecimento dos professores em relação às tecnologias. Se hoje já temos a web 2.0, é óbvio que a web 3.0 faz parte de um futuro próximo.
A nossa vida, a nossa sociedade está sendo forçada a mudar hábitos e rotinas, algumas profissões desaparecerão por conta do avanço tecnológico, mas também aparecerão outras profissões que exigirão capacitação adequada para as mesmas. Nós professores também precisamos compreender essas mudanças que não ocorrem apenas no âmbito físico e material, mas também na área do comportamento humano que, conseqüentemente, faz o indivíduo mudar a forma de pensar e entender o mundo a sua volta. Por isso é tão complicado querer introduzir uma educação tão rudimentar e precária a alunos que estão acostumados com uma realidade dinâmica e muito mais contextualizada do que aquela educação bancária6 que até hoje, é defendida avidamente por boa parte dos educadores e pais do nosso país.
Mudar é preciso, caso contrário, a depreciação e a desvalorização com relação à carreira docente só aumentará e trará prejuízos para a sociedade, pois, a escola deve ser o cerne de uma sociedade crítica e transformadora: um país sem escolas de qualidade é um país sem voz, sem ação. O que vemos são escolas bestializando os jovens, e de quem é a culpa pelas bestas humanas? Todos nós, de certa forma, somos culpados. Porém, há vários caminhos que nós docentes podemos seguir para cumprirmos a nossa parte nesse processo de construção de um país forte e crítico, basta querer seguir um, e de preferência o melhor: a mudança de consciência.
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