A escola, ao invés de posicionar-se diante da experiência comunicacional vivida pelos alunos, continua na defensiva. Enquanto os alunos apresentam-se como novos expectadores, tendendo para uma postura menos passiva diante da emissão, quando aprendem a manipular imagens na tela cada vez menos estáticas, os professores não sabem raciocinar senão na transmissão linear separando emissão e recepção (p. 68).
Conforme o autor, não há mais como a escola se manter neutra frente à realidade digital, que se constitui num verdadeiro desafio para a escola do século XXI. Esta, por sua vez, continua centrada numa educação baseada apenas na transmissão linear do conhecimento, não propiciando ao aluno meios para que ele venha a desenvolver habilidades que dêem conta da leitura que se faz presente nas telas eletrônicas.